Integridade! Artigo de Sara Neves de Sousa

Antes de começar a aprofundar o tópico deste artigo, quero apenas esclarecer uma coisa. Tudo o que escrevo é baseado nas minhas experiências pessoais, algumas delas directamente relacionadas comigo, outras, com pessoas próximas a mim ou mesmo clientes, sempre mantendo a confidencialidade e ética, para que possa usar as experiências mantendo a integridade, que uso como directriz na minha vida profissional e pessoal.

Então, dito isto …

Se formos ao dicionário, a palavra integridade vem do latim “integritas”, que significa:

1. A qualidade de ser honesto e ter fortes princípios morais.

2. O estado de ser inteiro e indiviso.

3. (figurado) Rectidão, honradez; pureza intacta.

Eu sempre me considerei como uma pessoa que segue as regras e sempre segue, o que eu considero serem, os valores correctos.

Como terapeuta, muitas das coisas que ouço nas consultas são extremamente sensíveis, e para que a pessoa se sinta confortável em falar, precisa ter certeza absoluta de que quem está do outro lado (eu), primeiro que tudo, está a ouvir sem qualquer tipo de julgamento e, em segundo lugar, precisam ter absoluta certeza de que aquela sessão ficará entre nós.

Bem, este tema apareceu várias vezes desde o início do ano.

É algo que, penso eu, ser de extrema importância para todos, porque sem integridade, não temos nada, assim como sem ética.

Acredito que estes dois, ética e integridade, andam de mãos dadas, porque são dois dos valores mais importantes nas nossas vidas.

Estes são os valores que aplicados em tudo o que fazemos torna tudo melhor, mas estou a encontrar cada vez mais que há uma certa falta de responsabilidade em tudo e em todo o lado. Seja nas nossas vidas pessoais ou no nosso trabalho profissional. Mais e mais pessoas estão a fazer coisas erradas, não sendo chamadas a atenção para essas coisas erradas e isso está a deixar para trás, às vezes, um mundo de caos.

Por que é que isso está a acontecer, não sei, mas o que sei é que isso vem a acontecer mais e mais e é cada vez mais evidente, pelo menos para mim, que algo tem de mudar.

Integridade para mim, tem muito a ver com integrarmos isso nas nossas vidas diárias, assumindo os compromissos, não esquecendo como ser atencioso o suficiente para fazer um telefonema ou mesmo enviar uma mensagem para dizer à pessoa que está à espera, que não vamos aparecer, fazendo essa pessoa às vezes até perder dinheiro e especialmente o seu tempo, porque podem, porque se esqueceram de como fazer isso da maneira correcta.

Precisamos ser responsáveis ​​pelas nossas acções, precisamos ser pessoas mais conscientes e mais correctas.

Tenho visto tantas coisas sem coerência ou fiabilidade, que comecei a pensar: “Para onde estamos a ir?”, “Que tipo de marca no mundo estamos a deixar?”.

Mas ainda assim, as pessoas fazem isso e nada acontece, porque ninguém lhes disse que esse tipo de comportamento não é aceite.

Se nada for feito, se não começarmos a mudar algo, e mostrarmos que, sim, vale a pena, vale a pena sermos honestos e responsáveis, seremos tão culpados quanto eles, porque não fizemos nada, deixamo-los ir, e com o nosso silêncio, acabamos, dando-lhes permissão para continuar a fazer a mesma coisa, mais valia dizer em voz alta: continua, não há consequências. Podes continuar a fazer o que quiseres, porque não estás a fazer nada de errado. Pobrezinho, que não sabe mais do que isto, que não entende como as coisas deveriam ser.

E com esta atitude, estamos a deixar proliferar aqueles que estão a minar e a fazer com que o trabalho dos outros, que levou tanto tempo a construir, se desmorone lentamente.

Pois é tão culpado aquele que rouba, como o que fica à porta.

Isto não é sobre julgamento, todas as pessoas têm o direito de ser como ele ou ela quer, mas se cometem um erro, e nós sabemos que eles cometeram esse erro, e não fazemos nada, estamos a ser coniventes com a situação e a deixar que ela se perpetue , isso não é ser correcto. O que seria bom era falar com a pessoa, mostrar-lhe o que ela está a fazer de errado, sempre com amor nas palavras, mas de maneira firme e assertiva, para que ele ou ela perceba o que não está correcto e tenha a oportunidade de o corrigir.

Não vou entrar aqui em dissertações sobre o que é certo ou errado, porque não é sobre isso que trata este artigo, mas sim estar em sintonia com o mundo. Afinal, somos todos um. E sim, ser honesto é uma escolha.

Eu sei que o que eu uso para medir a minha vida não é o único e não precisa ser o que todas as pessoas usam, mas algumas das coisas que vejo estão a ser feitas sem qualquer consciência, e não posso evitar perguntar se as pessoas param para pensar que, com suas as acções, estão a prejudicar os outros.

Se eles continuarem a fazer isso, fazendo o que quiserem, porque podem e, porque não há ninguém que os chame à razão, isso ficará pior e será transmitido a outros que farão exactamente a mesma coisa.

A minha visão das coisas é: se eu sei que estás a fazer algo errado e não faço nada, sou tão responsável quanto tu. Se eu permitir que continues a fazê-lo, mesmo sabendo que estás a fazer algo errado, eu também sou responsável.

Vamos começar a respeitar os outros, usando integridade e ética, especialmente nos nossos valores e emoções!

Muito amor para todos nós!

Sara Neves de Sousa

(Professora Mestre de Reiki Angélico e New Shamballa)